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Prevenção de lesões nos Isquiotibiais de Velocistas de Nível Colegiais

Artigo Original: Prevention of Hamstring Injuries in Collegiate Sprinters Yusaku Sugiura, Kazuhiko Sakuma, Keishoku Sakuraba e Yamato Sato,

Tradução Livre: Lucas C. Job

O estudo compara três abordagens distintas para prevenção de lesões em isquiotibiais de velocistas, (1) apenas treinamento de força, (2) combinação de exercícios de força mais exercícios de agilidade, (3) treinamento de força, agilidade e flexibilidade.


O Trabalho foi feito durante 23 anos, da seguinte forma, todos os 613 atletas foram treinados pelo mesmo treinador, em temporadas de 24 meses. O primeiro grupo (1) foi formado entre 1988 e 1991, o segundo grupo (2) foi treinado entre 1992 e 1999, e o terceiro grupo foi treinado (3) entre 2000 e 2011.


O interessante deste estudo é observar também a evolução do treinador, ao longo de sua carreira, que é um fator que deve ser levado em consideração, outro ponto é que o treinamento era feito apenas em homens, entre 18-24 anos, os exercícios de cada fase estão descritos na tabela a baixo.



Durante o primeiro período (1988 a 1991) o número de lesões foi de 13,79% ou 16 sujeitos lesionados no total de 116 corredores, no segundo período (1992 a 1999) ocorreu um total de 6,06% de lesões ou um total de 12 lesionados de 198 corredores, já no terceiro período foi encontrado apenas 0,67% de lesões ou um total de 2 lesionados de 299 corredores.


A compreensão do risco individual de lesões musculares, especialmente dos isquiotibiais é vital para poder realizar um programa de prevenção, os fatores causais normalmente estão divididos em Fatores Extrínsecos e Fatores Intrínsecos, ou fatores modificáveis e controláveis (flexibilidade inadequada dos músculos, força e resistência (especifica) insuficientes, dissinergias musculares, aquecimento prévio inadequado, pouca coordenação de corrida e/ou retorno as atividades de treinamento antes do processo de reabilitação completo; já os fatores não-controláveis como anatomia, lesões prévias, idade e tipo de corrida.

Treino de Agilidade para prevenção de lesão nos isquiotibiais É sabido que durante a fase de balanço do membro inferior até a fase de contato inicial, em uma corrida de velocidade máxima, os isquiotibiais são recrutados de forma a alterar rapidamente entre contração excêntrica e concêntrica em um ciclo de alongamento encurtamento, ao passo que a influência da atividade do quadríceps femoral sobre os isquiotibiais é mantida durante todas as fases.


A coordenação e a atividade neuromuscular desempenho um importante papel nesta atividade, pois normalmente as lesões em corredores decorrem de ativações pobre, descoordenadas ou discinesias como o tempo de ativação errados nos momentos de troca de fases entre a fase de balanço e a fase de contato inicial.


Faz-se interessante a adição de treinamentos de agilidade com deslocamentos em velocidade submáxima, pois nesta velocidade é possível ativar de forma mais coordenada o timing de contração entre as fases de balanço e de contato inicial, e esse treinamento acaba por reduzir seus melhores efeitos em escadas ou mini barreiras em uma velocidade de 4 a 4,76 passos/segundo.


Também acaba por tornar um treinamento mental, visto que o cerebelo é ativado, assim como área de aprendizado de movimento, melhorando do engramas motores e assim a velocidade de contração das musculaturas relativas a corrida.


No estudo original os autores ainda justificam o uso dos exercícios de peso corporal e de máquinas, utilizando as fases da corrida onde cada grupamento muscular é recrutado.


Nordic Hamstring

Estudos epidemiológicos sugerem que as lesões de isquiotibiais ocorrem em sua maioria na fase de contração excêntrica dos isquiotibiais, mais especificamente, é sugerido que ocorra durante a fase de excêntrica descendente do membro inferior (1).


Por este motivo alguns estudos sugerem que utilize-se exercícios de fortalecimento na fase excêntrica do movimento como forma de prevenção de lesões para corredores ou esportes que executem deslocamentos como corrida(2,3).

O exercícios (Nordic Hamstring) apresentou maiores taxas de recrutamento em torque do que flexão de joelhos.(4)

Alongamento Dinâmico

O alongamento, reduz a rigidez muscular, ainda determina a amplitude articular, a redução da flexibilidade nos isquiotibiais, a geração de torque de pico de contração também reduz (5) e isso também aumenta o risco de lesões nos isquiotibiais (2).

Conclusões

Com o incremento de exercícios novos, como treinamento de agilidade, mais exercícios de força e fortalecimento, aparentemente o número de lesões nos isquiotibiais reduziram de forma significativa, ainda é sugerido maior número de estudos para se encontrar a real relação causa-efeito da prevenção de lesões nos isquiotibiais e outros estudos deveriam conter grupo experimentais e controle.


 

Referencias


  1. Brockett CL, Morgan DL, Proske U. Predicting hamstring strain injury in elite athletes. Med Sci Sports Exerc. 2004;36:379-387.

  2. Brockett CL, Morgan DL, Proske U. Human hamstring muscles adapt to eccentric exercise by changing optimum length. Med Sci Sports Exerc. 2001;33:783-790.

  3. Croisier JL. Factors associated with recurrent hamstring injuries. Sports Med. 2004;34:681-695.

  4. Mjølsnes R, Arnason A, Osthagen T, Raastad T, Bahr R. A 10-week randomized trial comparing eccentric vs. concentric hamstring strength training in well-trained soccer players. Scand J Med Sci Sports. 2004;14:311-317.

  5. Alonso J, McHugh MP, Mullaney MJ, Tyler TF. Effect of hamstring flexibility on isometric knee flexion angle-torque relationship. Scand J Med Sci Sports. 2009;19:252-256.


 

Aviso Legal:

*Este artigo é uma tradução livre, criada por Lucas Job, Fisioterapeuta, CEO do Projeto inFluir, com a única intenção de levar conhecimento para pessoas que não possuem fluência na língua Inglesa; o artigo original pode ser acessado em:

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5298567/


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