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Movimentação do Tornozelo na Marcha

Flexão Dorsal e Plantar do Tornozelo



Vamos descrever os diferentes eventos comuns que ocorrem no ciclo da marcha, como comentado anteriormente vamos dividir a marcha em percentual, e vamos analisar o que o segmento está realizando no momento, independe do ângulo exato neste momento, apenas para introduzir novos conceitos.


A marcha será dividida em quatro segmentos/fases onde o primeiro segmento é o toque do pé no solo, e desprendimento do pé oposto. O tornozelo está em posição praticamente neutra quando ocorre o toque do pé no solo (normalmente com o calcanhar), e o momento de força em flexão dorsal excêntrica até tocar a ponta do pé com o solo, quando ocorrerá a alteração do vetor de força e iniciamos a “empurrar” o solo e chamamos essa fase de primeiro rolamento.





A segunda fase, ou segundo segmento, ocorre quando durante o apoio simples (desprendimento do pé oposto e toque do pé oposto). É chamado de segundo rolamento, o corpo passará sobre o pé em apoio total.


Ao final do apoio simples, em aproximadamente 40% do ciclo da marcha, o calcanhar inicia o movimento de elevação, à medida que os flexores plantares aumentam sua força de contração de modo concêntrico e esse é o terceiro rolamento, no toque do pé oposto o tornozelo perde um pouco da flexão dorsal, mas não retorna a posição neutral.



O terceiro segmento é a continuidade do toque do pé oposto, e termina no desprendimento do pé, ocorrendo uma rápida flexão plantar que varia entre 20-25 graus, quando o pé é elevado do solo, essa elevação não coincide com a fase de aceleração do tornozelo, o que ocorre aqui é a elevação do calcanhar por ação concêntrica dos flexores plantares.


O interessante é que estudos eletromiográficos demonstram que após o toque do pé oposto no solo os flexores plantares do pé são silenciosos, ou seja não apresentam atividade muscular, (Suntherland 1966 e 1980). A transferência de peso para o pé oposto ocorre muito depressa, e o movimento de flexão plantar que ocorre após o toque do pé oposto é passivo, quando aumentamos a velocidade de marcha, ai sim utilizamos uma impulsão ativa dos flexores plantares do pé para impulsionar o corpo à frente.


O quarto segmento é uma rápida flexão dorsal do tornozelo, o momento desse movimento coincide com a fase de balanço e liberação do pé.



Então o pé saí de uma última flexão plantar para uma flexão dorsal, esse momento irá coincidir com a flexão do joelho, e a partir do momento que iniciamos a flexão dorsal do tornozelo, iremos apenas mantê-lo em posição neutra por ação isométrica da musculatura dos dorsiflexores, até o toque do pé no solo novamente, quando estes músculos irão trabalhar de forma excêntrica novamente e o ciclo se repetirá.




Após essa fase ocorrerá o retorno a primeira fase:


Resumindo:


O Contato do pé ocorre no duplo apoio inicial, no apoio simples ocorrem em sequência uma flexão dorsal que se reverte para uma flexão plantar e retorna a uma flexão dorsal; o segundo duplo apoio (pré-balanço) termina no desprendimento do pé e ocorre de forma passiva, o encurtamento do membro para a liberação do pé começa no desprendimento do é e atinge o máximo quando o tornozelo ultrapassa o pé em apoio.



Referencias:



Sutherland DH, Cooper L, Daniel D., The role of the ankle plantar flexors in normal walking., J Bone Joint Surg Am. 1980 Apr;62(3):354-63, PMID: 7364808.


DAVID H. SUTHERLAND, An Electromyographic Study of the Plantar Flexors of the Ankle in Normal Walking on the Level, The Journal of Bone & Joint Surgery. 48(1):66–71, JAN 1966, Issn Print: 0021-9355

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