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Complexo do Ombro #19

A Ciência Funcional Aplicada ao Movimento


No último artigo do blog sobre o complexo do ombro falamos sobre a importância da coluna torácica na mobilidade da cintura escapular, mas mais importante que a coluna torácica e o gradil costal é compreender que os movimentos da cintura escapular ocorrem em 3 dimensões. Compreender esse princípio é fundamental para a reabilitação, prevenção e claro para o rendimento físico, assim eliminando as causas de disfunção no ombro e obviamente em todas as articulações, já que como sempre falo nessa série, desde os primeiros posts, Todos os movimentos ocorrem em três planos! Mesmo quando o movimento aparentemente ocorre em apenas um plano, o osso que está se movendo, gira em seu eixo para manter a linha do movimento em apenas um plano.



Voltando ao ombro, vamos imaginar o ombro como o ponteiro das horas do relógio, isso ajudará os profissionais a compreender melhor as causas das disfunções do ombro. As estruturas que estão ligadas ao úmero, irão acompanhar os movimentos dele em qualquer direção, seja para melhorar a amplitude ou para estabilizar o úmero durante o movimento como os ponteiros dos minutos e dos segundos, todos juntos como as engrenagens do relógio.


Na tabela abaixo vou descrever todos os movimento associados a partir do movimento do ombro, seguindo dos movimentos da escápula e do tórax.



Observe que o movimento em um plano gera alterações em diversas articulações em planos diferentes, ainda estamos falando apenas da cintura escapular e do tronco, porém todos esses movimentos geram alteração até os quadris.


Os movimentos opostos, flexão/extensão; Adução/Abdução e Rotação Interna/Externa possuem respostas opostas dos movimentos das articulações que compõem a cintura escapular, e esse conhecimento é importante para os tratamentos, prevenções e reabilitações.


Podemos utilizar os movimentos dos outros segmentos corporais para obter o resultado que queremos de uma cintura escapular que está com déficits de movimento.


Como mobilizações de quadril, cabeça, do tronco e até do braço oposto, visando mobilizar as estruturas que compõem a cintura escapular afetada.


Observe os exemplos de movimentos abaixo.


Exercícios Tri-planares para Flexo-extensão de Ombro e Abdu e Adução do ombro.



Exercícios para Tri-planares para Rotações do Ombro



Por exemplo se queremos acessar o ombro esquerdo, podemos realizar um agachamento anterior unilateral com o membro inferior esquerdo a frente, isso criará movimento de flexão no quadril, que tende a mobilizar o tronco anteriormente, ainda podemos solicitar que o sujeito coloque o membro superior direito em extensão e flexão de cabeça e cervical, isso irá mobilizar passivamente os tecidos do ombro esquerdo afetado.


Aqui vai uma dica para mobilidade da lombar, sim da lombar, quer melhorar a mobilidade ou realizar um glide lateral de L5 sobre o sacro podemos realizar uma abdução do ombro do lado oposto para o qual queremos deslocar L5. E assim movimentos dos Joelhos também…


O que quero dizer aqui é que tudo está conectado, de alguma forma, assim podemos movimentar os segmentos disfuncionais a distância, sem necessariamente “colocar as mãos” no cliente, isso auxilia os profissionais de educação física a identificar movimentos que podem auxiliar na recuperação de seus clientes.


Assim como o oposto é verdadeiro, segmentos disfuncionais distantes do ombro, podem alterar a cinemática deste, então saber localizar quem veio primeiro a disfunção no ombro ou nos quadris por exemplo, poderá alterar muito os resultados que você obterá a longo prazo na prevenção, reabilitação e rendimento.


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