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Tratando as fáscias, Liberação Miofascial, Pompagem e Mobilizações

Introdução

Você já deve ter ouvido falar em Liberação Miofascial, ou então em autoliberação miofascial. Esses termos estão cada vez mais em evidência, bom vamos realizar uma breve revisão sobre este assunto.


Bom na origem da palavra, liberação já é autoexplicativa, Mio vem de músculos e Fascial de Fáscias, que ótimo, fáscia é o

tecido conjuntivo que reveste músculos, órgãos, forma os tendões, reveste o sistema nervoso e ósseo, e une todos esses tecidos e sistemas entre si.


Pense na fáscia como uma laranja, ela é revestida por um tecido branco, que está logo abaixo da casca e envolve todos os gomos, os gomos por sua vez são formados por pequenas partes também envoltas em um tecido fino; nós músculos é o mesmo formato.Cada fibra muscular é envolvida por um tecido fascial que serve para protege-lo e mantê-lo íntegro.


Já deve ter ouvido em Fascite plantar, que n verdade deveria ser chamada de Inflamação n aponeurose plantar, a fáscia recobre essa aponeurose; mas vamos focar na Liberação Miofascial.


1. A técnica

A Liberação é uma técnica para relaxamento de tensões, sejam elas pontuais ou em grandes grupamentos musculares, devemos sempre pensar que a dor em um ponto especifico do corpo sem causa definida como uma batida, deve ser sempre tratada com uma visão mais ampla, não devemos apenas olhar o local da dor e sim de onde vem esta causa.

Muitas vezes observamos contraturas e trigger points, em diversos locais e seus pontos sintomas referidos serão muito distantes dos pontos gatilhos (trigger points).

A fáscia por sua vez por compreender todos os tecidos em forma de proteção pode gerar algumas compensações.


Para tratamento devemos encontramos apenas uma pequena área de tensão e nesta área aplicar uma leve pressão, seja com a pontas dos dedos, ou com bolas de tênis (auto tratamento) ou com o rolo.


O tratamento deve ser suave, não gerar dor, pois a dor gera mais tensão, prejudicando o tratamento. Podendo tratar além das dores, a má postura, dificuldades de movimento, e amplitude de movimento.


Não se trata de uma massagem é uma terapia, para liberar a tensão pontual que pode afetar, músculos, nervos e tendões.

2. Alongamento, Liberação Miofascial e Pontos gatilhos

Todo o alongamento é uma mobilização do Músculo, fáscia e dos tendões. Quando as fibras musculares são lesadas, as fáscias ao redor dessa lesão tornam-se encurtadas e tensas. Este estresse desigual pode-se transmitir para outras partes do corpo visto que a fáscia é um tecido único e conectado pelo corpo topo.


Como vimos no artigo sobre alongamento, podemos alongar um músculo onde existe um trigger point, como em uma ilha de tensão em um mar de fluidez muscular.E neste ponto devemos pensar nas diferenças entre o alongamento estático como tratamento e na liberação miofascial, que pode aliviar a tensão local e tratar a real causa de um ponto gatilho.


Muitas vezes esse ponto gatilho não permite ao sujeito desempenhar movimentos fluidos e afeta o desempenho atlético como um todo.


O alongamento por si só não trata esses trigger points, mas sim a liberação miofascial poderá tratar esses pontos gatilhos liberando os pontos de tensão e melhorando o desempenho dos movimentos.Em outras palavras a liberação miofascial trata pequenas áreas de tecido a cada mobilização.

3. Pompagem e Liberação Miofascial

Diferente da Liberação Miofascial a Pompagem trabalha em deslizamentos das fáscias sobre os músculos, esse método foi criado pelo Frances Marcel Bienfait, é um trabalho miotensivo, que tem como objetivo melhorar a nutrição do tecido através da melhora na circulação dos tecidos moles, quebrando contraturas, encurtamentos e restaurando o comprimento das estruturas miotendíneas.


Se o sujeito possuir edema, contraturas ou até uma cicatriz, suas fáscias estarão com outra conformação que não a natural e isto o afetará, pois afetará a mobilidade das fáscias nestes casos podemos associar a liberação miofascial a técnica de pompagem.

4. E nas Articulações?

Nas regiões articulares as fáscias fazem a conexão dos músculos com os ossos e todos os tecidos envolvidos na articulação. Nas Regiões Articulares podemos aplicar, pressão, descompressão e mobilizações como Maitlant, Mulligam e outras terapias articulares, isto provoca a entrada de líquido sinovial melhorando a nutrição da cartilagem, essas terapias não são capazes de recuperar danos porém podem retardar a evolução da lesão.


5. Combinando tratamento

É muito importante tratar os tecidos moles com cautela para não exacerbar os sintomas, os mecanorreceptores fasciais de alguns pacientes respondem mais sensivelmente a compressão e devemos sempre ter cautela com pacientes com fibromialgia.

Devemos combinar as técnicas para melhor tratar nossos pacientes, ensinar-lhes o auto tratamento, tanto de mobilizações como liberação miofascial, para que o tratamento tenha sequencia mesmo após a saída do paciente do consultório ou clínica.



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