Kinesio Tape uma Terapia da Moda ou uma Moda de Terapia?
- Fisioterapeuta Lucas Job
- 16 de jan. de 2016
- 11 min de leitura
Introdução
Você já deve ter visto, ouvido e lido algumas coisas sobre a Kinesio Tape, ou as bandagens funcionais, bom nesse editorial eu compilei alguns artigos científicos, revisões sistemáticas, estudos de caso entre outros e ainda um pouco da história da Kinesio Tape e das bandagens funcionais.

Bom minha primeira experiência com bandagens foi durante a minha graduação, acredito que no final de 2007 ou já em 2008, não me recordo exatamente, mas as bandagens estavam começando a se espalhar pelo Brasil, era algo muito diferente, ninguém sabia como funcionava direito e não se tinha tantos vídeos ou artigos na internet, havia muito mais informações sobre o método de bandagens rígidas.
Histórico
Em meados dá década de 70 o doutor Kenzo Kase procurava por uma bandagem que auxilia-se na cicatrização de tecidos traumatizados, ao comparar na época suas bandagens com as ataduras e outros métodos de tratamento através de bandagens esportivas percebeu que as técnicas da época limitavam as amplitudes articulares. (1,2)
Em 1973 o Doutor Kenzo cria uma bandagem terapêutica que permite movimentos amplos e dava suporte a as articulações, após alguns anos estudando e trabalhando nessa bandagem ele chega até a criação da conhecida Kinesio Tex Tape, e desenvolve o método Kinesio Taping. (1,2)
A primeira aparição mundial do método foi nas Olimpíadas de Seul 1988, (1). Por volta de 1996 o Dr. Nelson Morini Jr. Conheceu o método pessoalmente (segundo conversas com o próprio Nelson), e em 1999 Nelson termina sua formação no Eastern New Mexico University, E.NM.U., Estados Unidos (3) e introduz o conceito da bandagem terapêutica funcional no Brasil.
Atualmente
Em uma revisão bibliográfica publicada na revista Fisioterapia e Pesquisa de 2014 por Dérrick e Gladson, a redução da dor proporcionada por Kinesio Taping foi semelhante ou pouco superior a outras intervenções, não representando motivo para que esse seja o principal tratamento de escolha, sendo considerada técnica adjunta ou complementar, a teoria das comportas é a mais descrita até o momento para justificar o efeito hipoalgésico e os efeitos só foram encontrados em curto prazo (24 horas a 1 semana).
A fita é feita geralmente de algodão, tecido elástico e cola, não contendo nenhum tipo de analgésico, o que colabora para o pensamento descrito acima por Dérrick e Gladson 2015.
De acordo com o criador do produto Kenzo Kase a fita possuí diversas aplicabilidades como: correção da função muscular por fortalecer músculos fracos; estímulo cutâneo que facilita ou limita o movimento; auxílio na redução de edema; correção do posicionamento articular e redução da dor por vias neurais. (5-12)
Como a maior parte dos estudos ainda não chegou a um consenso ainda se discute se as fitas utilizam-se do toque e pressão na pele para reduzir a dor ou se é apenas um efeito placebo. A teoria das comportas está baseada na fisiologia do sistema nervoso, onde as fibras aferentes que vão da pele até o corno posterior da medula são mais mielinizadas (fibras alfa e beta) do que as fibras que levam a aferência da dor (fibras tipo c) e isso faz com que os estímulos cutâneos proporcionados pelas fitas inibam a dor momentaneamente.
Agora um pensamento breve, a dor em alguns casos é importante para limitar algum movimento devido a lesão previamente constituída, será mesmo bom reduzir a dor e executar movimentos em grandes amplitudes se o segmento estiver com alguma lesão?
Mesmo não sentido a dor a lesão poderá estar mascarada e nesse caso não poderíamos estar criando mecanismos mais danosos ao invés de uma pratica reabilitativa?
Só devemos pensar nesse ponto antes de realizar qualquer tipo de analgesia, avaliar a causa da dor, se há lesão ou não, se a lesão é o fator causador da limitação de movimento entre outros motivos.
Por exemplo, se o sujeito está com uma dor no tendão de Aquiles, em uma causa crônica e está fazendo o uso de injeções de corticoides para inibir a dor, a longo prazo ele poderá romper o tendão, então a inibição da dor não foi um bom artifício.
Voltando para as bandagens agora. Existem técnicas específicas para a aplicação da fita, dependendo do que se gostaria de ativar ou inibir, segundo o criador da técnica, não vamos abordar em especifico as técnicas neste artigo, mas sim os resultados que elas apresentam.
Um estudo mais recente publicado no Brazilian Journal of Physical Therapy em dezembro de 2015 por Maurício A. Luz Júnior e colaboradores, realizou um estudo randomizado com 60 pacientes com dor lombar crônica se causas definidas, divididos em 3 grupos iguais de forma aleatória sendo um grupo com aplicação de Kinesio tape, um grupo controle e outro grupo placebo utilizando-se Micropore.
Os resultados são interessantes, não foi encontrada diferença estatística entre o grupo Placebo e o grupo Kinesiotape, porém ambos apresentaram redução da dor ao comparar com o grupo placebo.
No estudo de Karlon e Bar-sela 2013, foi feita uma revisão sistemática de 12 artigos diferentes, subdivididos quanto a desordem patológica, sendo elas musculoesquelética (n=9), neurológica (n=1) e linfática (n=2). Nas musculoesquelético quando foi avaliado dor, foi encontrado uma evidencia moderada quanto a redução dessa variável com o uso da fita, porém sem evidencia de redução da dor a longo prazo.
O estudo de Akbas et al 2011, realizou um programa de exercícios em dois grupos de mulheres com dor patelo femural, ambos os grupos realizaram as mesmas atividades exercícios e alongamentos, porém apenas um utilizou a fita elástica, até ai ok ?! Não temos grupo controle nem placebo. Resultado do estudo os dois grupos melhoraram quanto a dor em diversas posições articulares, tensão em isquiotibiais, amplitude de movimento e não houve diferença entre os grupos.
Logo entendo que não foi a fita que interferiu no resultado!!
Já Thelen et al 2008, onde 42 pacientes com tendinopatia do manguito rotador ou pinçamento deste, foram separados em dois grupos iguais com aplicação de fita com tensão em um dos grupos e sem tensão no outro grupo ok?! Mas os dois grupos sofreram aplicação de fitas, e onde ficou o grupo Controle?
Ok, os resultados foram os que você já deve estar esperando mesmo, não houve diferença na dor entre os grupos, ah, nos resultados do resumo você poderá encontrar que o grupo que aplicou a bandagem terapêutica apresentou um aumento significativo de 16,9º±23,2º de abdução e isso apresenta-se como positivo, mas o grupo que aplicou a fita sem estresse não houve diferença porém seu escore foi de -2,2±18,3.
Ambos os grupos apresentam desvio padrão maior que a própria média, visto que a média anterior de movimento pré bandagem era de 93,8 para o grupo tape terapêutico e 110,1 para o grupo tape sem estresse, logo após a primeira aplicação devemos verificar que aparentemente houve um incremento no grupo tape terapêutico para próximo do grupo sem estresse na fita.
Pois acima de 110º a pressão por pinçamento do tendão do supra-espinhal aumenta de forma desconfortável, logo se a lesão fosse essa nos sujeitos do grupo, pouco se veria melhoras, como todos foram misturados não sabemos qual é a maioria em cada grupo. Também devemos levar em consideração que os resultados otimizados foram apenas para o momento imediatamente após a aplicação das bandagens.
Outros artigos como o de Tsai CT et al 2010, que comparava os efeitos a curto prazo no tratamento de fascite plantar teve diversos erros de aplicabilidade que você poderá ler aqui, mas entre eles não houve descrição do critério diagnóstico, os pacientes naõ foram segados quanto aos outros tratamentos, não houve considerações clinicas de diferenças estatísticas entre outros.
Em contrapartida o estudo de Saltychev et al, contrapõem os achados de Karlon e Bar-sela 2013, em uma breve meta-análise levando em relação apenas a dor como ponto central do estudo e conclui que a efetividade da Kinesio tape ainda não foi suficientemente estudada para podermos afirmar com certeza suas contribuições ou não para tratamentos fisioterapêuticos.
A maioria dos estudos “esquece” de utilizar-se de um grupo placebo e um grupo controle o que dificulta a análise correta dos dados.
Logo ao avaliar a variável dor existem evidências que tanto o placebo quanto a aplicação das técnicas comumente utilizadas podem reduzir a dor através da teoria das comportas já mencionada anteriormente.
Agora vamos explorar o que a utilização das bandagens pode auxiliar na redução de edemas pós traumáticos ou cirúrgicos.
De acordo com estudo de Stockheimer 2006, Tsai et al 2009 Bialoszewski et al 2009 e Pop 2014 a Kinesio Tape pode auxiliar na redução de edema linfático, e nesse quesito posso falar com experiência própria até a remoção de edema e equimoses a Kinesio Tape pode auxiliar, mas acredito ser muito mais seu efeito de pressão negativa que auxilia do que o posicionamento em si.
No estudo de Bialoszewski et al 2009, foi comparado o uso da Kinesio Tape com drenagem linfática em pacientes submetidos fixação externa pós fratura de fêmur ou de tíbia, onde a aplicação da fita foi feita em formato de 4 tiras finas com um ponto fixo proximal e sem estresse da fita, o grupo que fez a aplicação da fita não realizou drenagem linfática. Ambos os grupos obtiveram melhora da condição de edema, o que indicaria a fita como tratamento alternativo a drenagem quando houvesse dor no local, assim como teria reduzido o edema com maior velocidade que a drenagem linfática manual. Porém não houve grupo controle para verificar a velocidade real da redução do edema.
No Trabalho de Pop et al 2014, foram comparados dois modelos de taping, um que os autores chamaram de tradicional, e o outro de próprio de bandagem, que consistia em um enfaixamento em espiral, no link do artigo você pode visualizar fotos. Os dois grupos apresentaram redução do edema, porem o grupo de enfaixamento em espiral, da técnica própria, a redução foi mais significante.
Faltaram neste estudo dois grupos, um de terapia manual e outro grupo controle, assim poderíamos ter certeza qual terapia foi mais eficaz, mas parece que o enfaixamento em espiral ajuda mais que o tradicional. O problema seria realizar drenagem linfática após esse tipo de enfaixamento.
Outra técnica discutida é apresentada por Taradaj et al 2014, em um estudo de caso, deixo aqui o link apenas por curiosidade, já que se trata de um estudo de caso em formato experimental.
E na força máxima a fita poderia favorecer a contração muscular? Se por redução de edema e dor a força estiver inibida, sim, mas não em todos os casos pessoas reagem de forma diferente a tratamentos diferentes, deve-se verificar como seu cliente reage a aplicação, as vezes pode haver muita ansiedade por parte do cliente e quando aplicamos a fita nada muda, ocorre uma decepção que pode retardar o tratamento. Como existe um pouco de mística por parte dos pacientes, como eles veem desportistas utilizando a fita, as vezes essa percepção errônea de cura instantânea pode interferir nas expectativas do cliente então é interessante deixar tudo bem claro para ele.
Os estudos ainda estão sendo realizados sobre o assunto, os resultados parecem muito controversos, e a muito da aceitação do cliente e de sua própria sensação (propriocepção) quanto ao bem estar com a bandagem.
Agora e em pessoas saudáveis, sem lesão, ou edema, o que ocorre quando aplicamos a fita?
Fu et al 2008 realizou um estudo piloto com 14 jovens atletas, 7 homens e 7 mulheres, foi mensurada a força de extensão do quadríceps femoral e os isquiotibiais, em um dinamômetro isocinético previamente, imediatamente após a aplicação da fita e 12 horas após a aplicação da fita, ainda com a fita colada na pele.
As avaliações foram feitas de forma excêntrica e concêntrica em diferentes velocidades a 60 e a 180 graus por segundo. Não houve diferença em nenhuma velocidade ou tipo de contração. Sugerindo não haver melhora da força muscular devido ao implemento da fita.
O estudo de Chang HY et al 2010 corrobora com o estudo de Fu et al 2008. Chang Hy et al 2008 estudo o efeito da bandagem na força de preensão do antebraço e mão em vinte e um jovens atletas saudáveis todos do sexo masculino, em três aplicações diferentes, sem fita, fita placebo e Kinesio.
A fita placebo era colocada diretamente no antebraço próximo ao cotovelo sem tensão alguma, já a técnica da Kinesio seguia os padrões dos livros do Dr Kenzo Kase, a força máxima de preensão não se alterou em nenhuma das técnicas utilizadas.
Não vamos discutir os outros achados do estudo, que foram a capacidade de percepção de 50% da força máxima, devido a diversas limitações do estudo, como a ordem não aleatória dos procedimentos e isso afeta diretamente a percepção do cerebelo e melhora os feedbacks e feedfowards o que já facilita a chegada na metade da força máxima.
Espero ter ajudado você a decidir alguns momentos para utilização da Kinesio tape, como forma de acessório no tratamento de alguns problemas principalmente nos edemas, até o momento não há evidência que justifique o uso da Kinesio Tape na redução da dor em detrimento de outra técnica de bandagem, ou qualquer outro tipo de analgesia. Assim como não há justificativa para o uso em pessoas saudáveis para aumento da força ou qualquer outro benefício em pessoas sem nenhuma disfunção.
Se quiser saber mais sobre as aplicações, técnicas, uso em pediatria, neurologia e em casos especiais entre em contato conosco pelo nosso link de contato direto.
Forte abraço e bons estudo
L.Job.
Refências
http://www.kinesiotapingbrasil.com.br/sobre/kenzo-kase dia 03 de dezembro de 2016 as 20:15
https://kinesiotaping.com/about/ dia 03 de dezembro de 2016 as 20:17
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4750408Y1 dia 03 de dezembro de 2016 as 20:22
Dérrick Patrick Artioli, Gladson Ricardo Flor Bertolini, Kinesio taping: aplicação e seus resultados sobre a dor: revisão sistemática Fisioter Pesq. 2014;21(1):94-99
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