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O Complexo do Ombro #2

Paradoxo de Codman


A partir da postura/posição anatômica, com o membro superior vertical ao longo do corpo, com a mão apontando para o solo, palma girada para dentro e o polegar apontando para a frente.


Realizamos uma Abdução do Ombro em 180º, elevando a mão acima da cabeça, em seguida realizamos um movimento de extensão de ombro (relativa) de -180º no plano sagital, neste momento o membro superior se encontra novamente na vertical, ao longo do corpo mas com a palma da mão girada para fora, apontando os dedos para baixo e o polegar apontado para trás.


Podemos realizar o CICLO de maneira inversa, saindo da mesma postura realizar flexão de 180º.


Teste você mesmo!


Você observará que ocorreu uma modificação da posição da mão observamos uma rotação longitudinal de 180º da mão… (esse movimento se combina entre o úmero e o movimento do rádio).



Nesse exemplo o movimento de Flexão seguido de extensão produz uma ROTAÇÃO AUTOMÁTICA interna, é um movimento em torno de dois eixos do ombro que dirige mecanicamente e involuntariamente um movimento ao redor do eixo longitudinal do membro superior.


Agora partindo da postura Final com o dorso da mão tocando a coxa, o movimento fica bloqueado próximo de 90º, e será necessário o movimento voluntário para continuar o movimento a partir dos 90º.


De fato causas anatômicas, como tensão ligamentar e muscular, não permitem a rotação automática contínua no sentido de rotação interna, sendo necessário a correção volitiva (voluntária).


Em resumo o ombro é capaz de realizar dois tipos de rotação longitudinal, a voluntária e a automática, essas rotações normalmente se somam durante os movimentos naturais do ombro.


Sendo assim:


Se a rotação voluntária é nula, a rotação automática aparece com claridade (pseudo) Paradoxo de CODMAN.


Se a rotação voluntária tem a mesma direção que rotação automática ela se AMPLIFICA.


Se a rotação voluntária tem direção contrária, esta diminui até mesmo anula a rotação automática: é o CICLO ERGONÔMICO.


 

A Circundução


A circundução combina movimentos elementares ao redor de três eixos.


Quando o membro superior está saudável ele descreve um arco de movimento similar a um cone, mas irregular, chamamos este cone de cone da circundação.


A soma de todos os movimentos do ombro é que realiza este cone, porém, com o cotovelo em extensão.


Obviamente podemos utilizar nosso membros superior de forma a explorar o espaço.





Movimentos de exploração global do ombro


Primeiro movimento de exploração é similar ao pentear-se ou levar a mão a nuca.


Quando hígido um ser humano consegue tocar a orelha do lado oposto com sua mão por de trás da nuca e também a fossa supra espinhal da escápula do lado oposto.


Para realizar este movimento são somados, no ombro, os movimentos de abdução a cerca de 120º e o movimento de rotação externa próximo de 90º.



O segundo movimento de exploração global é similar a vestir um paletó, ou realizar sua higiene íntima.


Para vestir o paletó primeiro introduzimos uma das mangas em seguida com a mão realizando uma rotação interna com extensão, a mão entra em contato com a região lombar e sacral. Sendo este movimento livre pode alcançar a escápula contralateral em seu ângulo inferior.


É sugerido aqui conhecer o teste de alcançar, realizado tocando as pontas dos dedos médios em suas costas, onde um dos ombros irá realizar adução com rotação interna e o outro abdução com rotação externa, o ideal é que as duas falanges distais dos ombros superiores toquem-se.


Posturas funcionais do ombro


A postura mais funcional do ombro é simplesmente a postura de alimentar-se, levar algo até a boca é funcional.


Seu eixo longitudinal está próximo dos 45º, há uma abdução de cerca de 60º, com uma rotação de 35º aproximadamente.


Esta postura corresponde a um estado de equilíbrio dos músculos periarticulares do ombro, se você conhece o modo de pensar de “A coordenação Motora de Piret e Deziers” você já deve ter visto essa postura, mas também é utilizada para imobilização dos membros superiores em caso de fraturas, e é também o eixo central onde ocorrera o movimento de circundução, falado anteriormente.


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